quinta-feira, 8 de julho de 2010
Ruído das actividades humanas, que impacto nos peixes?
A contaminação acústica pode interferir na comunicação das espécies de peixe que emitem sons e impedir que atinjam as zonas de alimentação e reprodução mais favoráveis para além de provocar stress.
Ao contrário do que é comummente pensado, o meio submarino não é um mundo silencioso o que, em parte se deve às actividades humanas, frequentemente ruidosas.
Recentemente, foi publicado um estudo na revista Trends in Ecology and Evolution que faz uma primeira abordagem aos impactos do ruído antropogénico na fauna piscícola alertando para a necessidade da realização de investigações mais detalhadas.
Os investigadores avaliaram os efeitos do ruído produzido por diferentes actividades actividades antropógénicas – o tráfego marinho e as plataformas de exploração de petróleo e gás.
Os cientistas alertam que a contaminação acústica pode desorientar os animais impedindo-os de atingir os melhores locais de alimentação e reprodução. Por outro lado, o stress induzido pelo ruído pode prejudicar o seu crescimento e a sua capacidade de reprodução
Há também que ter em conta que o ruído pode interferir na comunicação dos animais que dependem dos sinais para, por exemplo, atrair parceiros ou dissuadir rivais, explica Hans Slabbekoorn que acrescenta “O ruído provocado pelo Homem pode estar a mascarar importantes sons biológicos e pôr em perigo a sua reprodução e sobrevivência”.
Actualmente conhecem-se 800 espécies de peixes que emitem sons de que são exemplo a perca, o arenque e o bacalhau do Atlântico que, no entanto, apresentam diferentes sensibilidades auditivasApesar das diferenças no que diz respeito às frequências que conseguem ouvir, os cientistas observaram que o desenvolvimento de tanto, o arenque, como o bacalhau e o atum é prejudicado pelo ruído, com os animais a procurarem evitar zonas ruidosas.
Fonte Texto: www.elmundo.es e Naturlink
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