domingo, 2 de agosto de 2009

Peixes tropicais já estão em águas algarvias e vão chegar a Lisboa


O aumento das temperaturas é uma das causas apontadas por especialistas da Universidade do Algarve para aparecimento de novas espécies. Em breve, peixes tropicais poderão ser avistados em Lisboa

Não vão tão longe como o pai de Nemo foi para encontrar o filho no reputado filme de animação da Disney. Porém, peixes de tons coloridos que costumam ser mais comuns em corais do que em águas portuguesas foram avistados no Algarve. As espécies presentes em águas algarvias são oriundas do Mediterrâneo e do Atlântico sub-tropical, algo que o especialista em ecologia pesqueira da Universidade do Algarve, Jorge Gonçalves, acredita "estar relacionado com o aumento da temperatura das águas".
No entanto, esta migração forçada não é causada unicamente pelo aquecimento da água. O biólogo marinho Élio Vicente explicou ao DN que "em ecossistemas tão complexos como o Mediterrâneo as variáveis são aos milhares, desde ventos e marés até ao impacto humano, no uso de recursos marítimos".


Além das temperaturas, factores como "a captura de toneladas de peixes num só dia ou a alteração das marés no Mediterrâneo criam um desequilíbrio no ecossistema". Por outro lado, "a quantidade de produtos que fazemos chegar aos oceanos, como adubos e pesticidas, também têm um impacto significativo".


Jorge Gonçalves conta que descobriu as novas espécies ao constatar que em monitorizações feitas em anos anteriores estes peixes não existiam nas águas algarvias. O investigador acredita que esta "é a prova que encontraram melhores condições de habitat no Algarve do que tinham no Mediterrâneo, incluindo a alimentação".


O biólogo indicou que roncadores, budiões (que habitualmente habitam no Mediterrâneo) e pargos (mais comuns em água tropicais) foram algumas das espécies encontradas ao largo da costa algarvia, nomeadamente na ria Formosa. O peixe veja foi outra das aparições anormais no Algarve, pois além do Mediterrâneo esta espécie só costuma ser avistada nos Açores e na Madeira. Normalmente, o veja prefere águas quentes com uma média de 20 graus centígrados, mas vários destes peixes já foram avistados ao largo da costa algarvia.


O que levou estes animais a deslocarem o seu habitat também poderá estar relacionado, segundo Élio Vicente, com a "poluição acústica". Isto porque, "no mar há zonas sem luz onde as espécies se orientam pelos sons, e os navios de guerra, as motos de água e os jet skis acabam por desorientar os peixes". Na sequência do turbilhão de sons, Élio Vicente explica que "há animais que resistem e vão para mais longe, outros que desaparecem porque não aguentam nadar milhares de quilómetros".


Porém, Jorge Gonçalves rejeita a ideia de que esta mudança seja negativa. "Neste momento não temos dados para dizer que o facto destas espécies aparecerem é prejudicial, porque não têm provocado nenhuma mudança negativa no ecossistema", defende o investigador. Ainda assim, alerta que "em determinadas partes do mundo registam--se situações em que as espécies acabam por substituir outras".
Apesar de o veja ser "um peixe mais colorido do que estamos habituados", Jorge Gonçalves explica que Portugal "não tem grandes corais para receber peixes de coral".
O investigador disse ainda ao DN que os investigadores do Algarve acabam por ser observadores privilegiados da situação, uma vez que "constatamos em primeira mão a existência de peixes tropicais em águas portuguesas".


No entanto, Jorge Gonçalves acredita que "é possível que em breve estas espécies tropicais cheguem a Lisboa ou até à Nazaré". Assim, há um êxodo dos animais para norte à medida que as águas do Sul vão ficando mais quentes. Além dos peixes, o investigador também constatou que "há alguma flora que normalmente aparece nas águas algarvias, como as laminárias, que desapareceu e agora só se encontra a norte do Tejo".


Nos mares portugueses vão aparecendo novas espécies e desaparecendo outras, muito por culpa das alterações climáticas. Para explicar a complexidade do ecossistema, Élio Vicente explica que o degelo dos pólos influencia as correntes do golfo, que por sua vez aquecem as águas portuguesas. O biólogo deixa, então, um aviso: "O ecossitema é como um cobertor, se puxarmos de um lado, vai destapar alguma coisa noutro."


por rui pedro antunes

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1324113&seccao=Biosfera




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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Regresso da águia-pesqueira à Península Ibérica


Depois de ler esta noticia publicada no Público, quem ama o desporto pesca e a natureza pode fazer um pouco mais ....

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1385270&idCanal=62


Há anos que a águia-pesqueira (Pandion haliaetus), espécie Criticamente em Perigo, deixou de nidificar na Península Ibérica. Hoje, investigadores espanhóis do CSIC (Consejo Superior de Investigaciones Científicas) anunciaram o nascimento de cinco crias em dois ninhos nas províncias de Cádiz e Huelva.

"Na história da conservação da natureza em Espanha, esta é a primeira vez que se recupera um vertebrado extinto”, salientou Miguel Ferrer, investigador do CSIC à frente do projecto de reintrodução da espécie, em colaboração com a Junta de Andaluzia.

Há mais de 70 anos que a águia-pesqueira não nidificava em território espanhol; há 15 anos em Portugal.

O projecto começou em 2003 e reintroduziu 108 crias da espécie vindas da Alemanha, Finlândia e Escócia. No entanto, muitas regressaram aos seus locais de origem sem que se tivessem reproduzido em Cádiz ou Huelva.

"As jovens águias-pesqueiras fazem os seus primeiros voos no local eleito para a reintrodução, lugar que a partir desse momento consideram o seu local de nascimento. Ao alcançar a maturidade sexual regressam a este sítio para a reprodução", explica o CSIC, em comunicado.

Como são aves migradoras, os exemplares libertados na Andaluzia viajaram através do deserto do Saara até ao Mali e Senegal, onde passaram os primeiros anos de vida. Quando chegaram à idade adulta, regressaram aos locais onde foram libertados, Cádiz e Huelva. Finalmente este ano estabeleceram-se dois casais que conseguiram ter três crias nas Marismas del Odiel e duas no ninho de Cádiz.

Nos últimos dois anos, os investigadores do CSIC detectaram o regresso de exemplares de dois e três anos que tinham sido libertados. Por fim, a 19 e 20 de Março deste ano regressaram a Huelva um macho (nascido na Alemanha em 2005) e uma fêmea (nascida na Escócia em 2005). Puseram ovos a 3 de Abril e a 12 de Maio eclodiram três ovos. "As crias estão em perfeito estado de saúde e estão a completar o seu crescimento no ninho", informou Ferrer.

O casal de Cádiz não foi libertado neste projecto mas foi atraído pela presença de jovens libertados na zona. Este ano conseguiram pôr ovos que eclodiram a 15 de Maio. Também estes estão em "perfeito estado".

"A partir de agora, a população [de águia-pesqueira] poderá, mesmo, crescer de forma exponencial. Nos locais de libertação há espaço para 400 casais", acrescentou o investigador do CSIC.

Em Portugal, no princípio do século XX, a população nidificante terá atingido os 22 ou 30 casais; no final dos anos 70 já só existiam dois casais activos, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados. O último casal nidificou em 1996.

Entre as maiores ameaças estão a perseguição e o abate directo, a morte acidental nos fios de pesca abandonados nas falésias, a delapidação dos recursos piscícolas marinhos e o aumento da perturbação humana.

Actualmente, a espécie continua a reproduzir-se nas Baleares e Canárias.

Fonte:
ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1385270&idCanal=62

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Acção de limpeza do fundo do mar em Cascais


Projectmar promove acção de limpeza do fundo do mar junto à costa de Cascais numa iniciativa que se pretende que sensibilize a população para a problemática da poluição do fundo marinho e para a necessidade de proceder à reciclagem em geral.

No dia 30 de Maio decorrerá uma mega-acção de limpeza do fundo do mar na Praia dos Pescadores, uma iniciativa sem precedentes em Portugal e das maiores realizadas na Europa. Nela participarão 120 mergulhadores e uma grua para remoção dos resíduos de maiores dimensões. As peças de pequeno porte serão colocadas num ecoponto disponibilizado pela EMAC – Empresa Municipal de Cascais e Trotalixo e todos os resíduos serão encaminhados para reciclagem pela Sociedade Ponto Verde, que é parceira no projecto.

Trata-se da quarta acção de mergulho de recolha de resíduos no âmbito do “Projectmar”, a segunda a ter lugar em 2009, tendo sido já removidas duas toneladas de resíduos, maioritariamente vidro, plástico, metal e material indiferenciado.

A acção subaquática vai ser emitida num grande ecrã colocado no local com o objectivo de alertar a população para a problemática. Luís Veiga Martins, Director Geral da Sociedade Ponto Verde afirma “Portugal é um país que deve muito ao Mar. Está na hora de cuidarmos da nossa costa, limpar o nosso Oceano e servir de exemplo a todos os outros países. Contribuindo para a limpeza do nosso mar, estamos também a sensibilizar toda a população para que nos façam chegar os resíduos de embalagens para que os possamos reciclar”.

(fonte: comunicado de imprensa da Sociedade Ponto Verde)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Green Peace chumba Supermercados em Portugal


A maioria das grandes cadeias de supermercados continua a chumbar na análise da Greenpeace a uma política sustentável de venda de peixe. Das quatro cadeias analisadas, apenas uma tem um comportamento satisfatório. Todas as outras continuam negativas.
Os ambientalistas da Greenpeace voltaram a rastrear o peixe que é vendido nas grandes lojas e a maioria continua a não levar em conta as espécies mais mais ameaçadas, mas ainda assim houve uma alteração com sinal positivo.
Beatriz Carvalho, responsável pela campanha Mercados para Peixe Sustentável em Portugal, contaque a Sonae registou avanços e o Lidl confirma a tendência positiva da primeira análise.
«O Lidl continua em primeiro lugar no ranking» e a «Sonae deu o maior salto comparado com todos os outros. No último ranking estava em último lugar e neste já configura em segundo», diz Beatriz Carvalho.
Por outro lado, os grupos Auchan, Jerónimo Martins e Mosqueteiros continuam sem resultados satisfatórios, como explica a responsável da campanha da Greenpeace.
«As três outras cadeias do nosso ranking ainda não estão a perceber a importância da questão sobre o peixe que estão a vender e estão a ignorar o pedido, tanto da Greenpeace como de milhares de portugueses».
Beatriz Carvalho acredita ainda que os consumidores estão cada vez mais informados e exigentes, no entanto, cabe aos supermercados garantir que os peixes provêm de captura legal e sustentável, o que nem sempre acontece.
A Greenpeace diz que «um relatório da Comissão Europeia já divulgou que 20 por cento do peixe consumido na União Europeia é proveniente da pesca ilegal».
Portugal não foge à regra. Por falta de controlo não há forma de garantir que o peixe que chega aos mercados portugueses não é ilegal.

Fonte:http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/interior.aspx?content_id=1237217


Preocupante façam as vossas escolhas

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Berkley Hollow Belly






Tenho andado tentado a experimentar pescar com vinis no mar e o primeiro passo está dado :) deixo-vos uma das amostras moles que comprei bastante apreciada em França e nos Estados unidos Berkley Hallow Belly e que espero começar a utilizar nas nossas águas Lusas.




Algumas Montagens que a Berkley aconselha (carregar na imagem para ver maior)


Será que eles vão gostar? :)
Abraço

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Katana versão SP e F




Mais uma amostra para a minha caixinha de artificiais desta fez foi a Qu-On Katana versão SP (Suspending).

Parecem gémeas mas apenas na cor a versão suspending com 13cm pesa 19.5g e a versão Floating pesa menos 2g para os mesmos 13cm, o seu nadar é semelhante mas esta versão SP trás algumas vantagem em relação à sua gémea não apenas no peso que pode fazer ganhar poucos metros no seu lançamento mas sim no trabalhar da amostra que nos abre o leque de opções, devido a ser suspending a sua densidade neutra permite que esta tenha um trabalhar mais natural quando se faz uma paragem na recuperação (stop and go) em vez de vir desenfreadamente para a superfície como acontece com as amostras floating esta vai-se antes manter mais ou menos na mesma camada de água onde estava a trabalhar dando assim ao pescador a hipótese de fazer mais paragens que são do agrado dos peixes.




Outra boa utilização para a mesma SP é o trabalhar nas escoas, quando houver cabeços de pedra ou areia onde se sinta boas escoas na ponteira da cana pode-se deixar ir a amostra na escoa dando a possibilidade ao pescador de passar novamente no local propício a apanhar peixe.

Versão Floating e suspending bem identificada na barriga da amostra

Abraço e a ver se esta cobra peixe como a floating que provou ser uma boa amostra.

domingo, 3 de maio de 2009

Governo muda portaria que impôs restrições à pesca lúdica


Segundo a notícia publicada no Jornal Correio da Manhã.

Governo muda portaria que impôs restrições à pesca lúdica


A pesca lúdica à noite vai deixar de ser proibida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com excepção das praias concessionadas, e o período de defeso será diminuído. Estas são apenas duas das alterações que o Governo vai efectuar à portaria que impôs duras restrições à pesca naquela zona costeira e que foi publicada no mês de Fevereiro.

Segundo apurou o CM junto do Ministério do Ambiente, o documento de rectificação está elaborado, faltando apenas as assinaturas dos secretários de Estado para ser publicado.
O movimento de pescadores que contesta as proibições foi informado na passada quinta-feira das principais mudanças que serão introduzidas. Amanhã, haverá uma reunião em Vila do Bispo para decidir qual a posição a tomar, explicou ao CM Adelino Soares, um dos seus dirigentes.
Segundo apurámos, o Governo vai reduzir o período de interdição à captura de sargo de três meses para dois meses (de 15 de Janeiro a 15 de Março). E em vez dos actuais três dias de proibição semanal à pesca na Costa Vicentina passará a haver apenas um (em princípio, a quarta-feira).A quantidade de pescado permitida (7,5 quilos) será aumentada, dado que não contará o peso do exemplar maior. O uso do engodo passará a ser permitido, medida que será aplicada em todo o País.